Por Marla Cardoso/Jornalista da Revista Proteção
NR 17 entrou em vigor em janeiro alinhada com a nova NR 1 e integrada à gestão de SST, mas segue sendo um desafio para as empresas
Quando a NR 17 nasceu, em 1978, apresentava referências normativas para apenas uma situação de trabalho: o levantamento, transporte e descarga de materiais; e fazia dois apontamentos referentes a mobiliários e cadeiras, com os itens “Bancadas, mesas, escrivaninhas e painéis” e “Assentos ajustáveis”. Com pouco mais de cem linhas e sem detalhamentos, o documento estava alinhado com a realidade laboral da época, mas distante de reunir tudo o que a ergonomia prevê. Ao longo da sua história, a NR 17 ainda ganhou anexos, contemplando atividades como dos operadores de checkout e o trabalho em telemarketing e, desde janeiro deste ano, uma nova redação.
Agora, o documento está integrado ao PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) da NR 1 e traz diferenças explícitas entre a AEP (Avaliação Ergonômica Preliminar) e a AET (Análise Ergonômica do Trabalho), integrando, em um único programa, o inventário de riscos e plano de ação junto com os riscos de acidentes e monitoramentos da Higiene Ocupacional, muitas vezes realizados de forma distante e desvinculada. Com a nova NR 17, o tema deve ganhar um estudo aprofundado voltado às singularidades da situação de trabalho. A grande questão será contar com profissionais capacitados e experientes em número suficiente para atender o universo do trabalho nessa área.
Uma pesquisa preliminar da Abergo (Associação Brasileira de Ergonomia) em instituições que ofertam pós-graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu no Brasil estima 8 mil profissionais capacitados minimamente com especialização na área até o ano passado. Mesmo que esses números sejam maiores, ainda estão aquém das necessidades para que a ergonomia seja atendida com qualidade nas empresas.
Confira a reportagem completa na edição de fevereiro da Revista Proteção.