Por Bureau de Ideias
Criado há 18 anos sob liderança do pesquisador Hamilton Ramos, o programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura deu mais um importante passo para sua internacionalização. Nos últimos dias, expediu o primeiro relatório de qualidade a vestimentas protetivas agrícolas (EPI) fabricadas pela Vast Brend Limited, empresa da República do Quênia. A expectativa, agora, é a de estender a atividade do IAC-Quepia a outros países da África, onde a agricultura é emergente e promissora.
Conforme Ramos, a Vast Brend Limited passa a ser a primeira fabricante de EPI do continente africano, formado por 54 países, a comercializar produtos do gênero com qualidade assegurada pela ISO 27065. A emissão do relatório, acrescenta o pesquisador, contou também com envolvimento do Consórcio Internacional de Qualidade de EPI na Agricultura, que reúne oito países como Alemanha e Estados Unidos. “O Consórcio possibilitou os testes de qualidade e segurança realizados pelo laboratório do IAC-Quepia de Jundiaí”, resume Ramos.
“A empresa do Quênia, a exemplo de companhias brasileiras, submeteu seus EPI às avaliações de qualidade do IAC-Quepia, baseadas na norma ISO 27065 e obteve aprovação”, continua Ramos. “Recebeu aval de qualidade para operar apoiada em um diferencial competitivo relevante. Esperamos que outros fabricantes africanos sigam o exemplo, pois EPI certificados são essenciais, no mundo, à segurança do trabalhador rural aplicador de defensivos agrícolas.”
Resultado de uma parceria público privada entre o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, e o setor privado, o IAC-Quepia funciona na cidade de Jundiaí. Seu centro de pesquisas é pioneiro, no Brasil, em análises de EPI com base em normas da ISO e na concessão do Selo IAC, para produtos aprovados em testes robustos de segurança e qualidade.
O Centro de Engenharia e Automação do IAC, que abriga o programa Quepia, é parte da história da modernização da agricultura brasileira. Em uma área de 110 mil m², ao pé da Serra do Japi, desenvolve pesquisas e presta serviços nas áreas de mecanização, agricultura regenerativa, meio ambiente e segurança no manuseio de agroquímicos. Conduz, hoje, mais de 30 projetos de ponta nas culturas de uva, cana-de-açúcar, agricultura por imagem e tecnologia de aplicação de agroquímicos.
