
Indústria da transformação é a que mais mata na Região Sul
O Sul do Brasil tem uma extensão territorial de 576.409,6 km², e sua população estimada é de 29.016.114 habitantes conforme estimativa do IBGE para 2014. No setor primário da economia, destaca-se a agricultura, que responde por mais da metade da produção de grãos do país. No setor secundário, evidenciam-se as indústrias têxtil e de automóveis. Já o setor terciário responde pela maior parte da geração de renda e emprego. A região contribui com cerca de 16,2% do PIB nacional.
Neste cenário, os acidentes de trabalho fatais tiveram um acréscimo de 542 para 547 (0,92%) de 2012 para 2013. A média anual de mortes laborais na região nos últimos 24 anos é de 670, uma mortalidade de 43 óbitos a cada 100 mil empregados, a menor do país junto com o Nordeste. O Sul também teve aumento de acidentes ocupacionais de 2012 para 2013, de 150.580 para 158.113 (5%). A média anual de ocorrências de 1990 a 2013 é 117.002, com uma incidência de 6.736 a cada 100 mil trabalhadores, a segunda maior do país.
Os setores que mais empregaram na região em 2012 foram indústria da transformação (1.986.859 trabalhadores); comércio e veículos (1.675.064); atividades administrativas e serviços complementares (534.754); transporte, armazenagem e Correios (416.080); indústria da construção (414.315); saúde humana e serviços sociais (290.083); alojamento e alimentação (276.539); educação (233.533); agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca (228.830); outras atividades de serviços (201.277) e atividades profissionais, científicas e técnicas (161.782). Observa-se uma queda de 52,27% nos empregos da construção, que, em 2011, tinha 868.096 contratados formais, e um aumento de 45,48% nos contratos do comércio e veículos, que tinha 1.151.360 empregados.
MAIOR MÉDIA
Em 2013, o Paraná ficou em 4º lugar no Brasil em número de trabalhadores formais e em número de acidentes trabalhistas, porém ficou com a 3ª colocação em óbitos. O Estado teve incremento nas contratações de 3.033.665 em 2012 para 3.121.384 em 2013 (2,89%). No mesmo período, teve acréscimo nos acidentes fatais de 221 para 270 (22,17%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de 7 para 9 (28,57%). No Brasil, a mortalidade manteve-se em 6 óbitos a cada 100 mil empregados.
O setor que teve o maior número de óbitos laborais em 2012 no Estado foi a indústria da transformação (72), seguida de transporte, armazenagem e Correios (38), comércio e veículos (29), indústria da construção (22), agronegócio (12) e atividades administrativas e serviços complementares (12). Já a maior mortalidade foi registrada no setor de eletricidade e gás: 33,28 mortes a cada 100 mil empregados. Em seguida, vem transporte, armazenagem e Correios (24,40), com destaque também para água, esgoto e resíduos (16,31). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, o PR detém a maior da região, 267, assim como a maior mortalidade: 16 vítimas a cada 100 mil trabalhadores.
No que diz respeito aos acidentes ocupacionais, o Estado paranaense teve um acréscimo de 50.009 em 2012 para 52.132 em 2013 (4,24%). A média anual nos últimos 24 anos foi 37.798, sendo que a incidência média no período a cada 100 mil empregados foi 2.002, a menor da Região Sul. O maior número de ocorrências em 2012 no PR foi registrado na indústria da transformação (18.274), seguido do setor comércio e veículos (6.998) e saúde humana e serviços sociais (4.151). No mesmo ano, as maiores incidências de ocorrências a cada 100 mil empregados foram registradas nos setores de água, esgoto e resíduos (7,52), saúde humana e serviços sociais (4,31) e na indústria da transformação (2,8).
MAIS CONTRATAÇÕES
Santa Catarina ficou em 7º lugar no Brasil em número de trabalhadores formais em 2013, quando obteve o 6º lugar tanto em número de acidentes ocupacionais quanto de óbitos. O Estado teve um incremento nas contratações, passando de 2.103.002 em 2012 para 2.210.927 em 2013 (5,13%). No mesmo período, teve queda de acidentes fatais de 155 para 137 (-11,61%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de 7 para 6 (-14,28%).
O setor que teve o maior número de óbitos laborais em 2012 no Estado foi, mais uma vez, a indústria da transformação (50), seguida de comércio e veículos (29), indústria da construção (21); transporte, armazenagem e Correios (21), atividades administrativas e serviços complementares (9) e outras atividades de serviços (5). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, SC detém a menor da região (168). No mesmo período, a média anual de mortalidade é 15 óbitos a cada 100 mil trabalhadores.
O Estado catarinense teve um acréscimo nos acidentes ocupacionais de 45.174 em 2012 para 46.354 em 2013 (2,61%). A média nos últimos 24 anos foi 33.213, a menor da região, sendo que a incidência média no período a cada 100 mil empregados foi 2.594, a maior do Sul. O maior número de ocorrências em 2012 em SC foi registrado na indústria da transformação (18.759), seguida do setor comércio e veículos (5.097) e indústria da construção (2.870). No mesmo ano, a principal incidência de ocorrências a cada 100 mil trabalhadores foi registrada no setor de água, esgotos e resíduos (8,15). Também destacaram-se administração pública, defesa e seguridade social (6,34) e extrativismo mineral (4,34).
MENOR MORTALIDADE
Em 2013, o RS ficou em 5º lugar no Brasil em número de empregados formais, 3º em acidentes trabalhistas e 5º em mortes decorrentes de acidentes laborais. O Estado teve um incremento de contratações de 2.993.031 em 2012 para 3.082.991 em 2013 (3%). No mesmo período, houve queda de acidentes fatais de 166 para 140 (-15,66%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de 6 para 5 (-16,67%). O setor que teve o maior número de óbitos laborais em 2012, novamente, foi a indústria da transformação (47), seguida da indústria da construção (32), comércio e veículos (28), transporte, armazenagem e Correios (16), atividades administrativas e serviços complementares (10), agronegócio (5) e informação e comunicação (5). A média anual de acidentes fatais nos últimos 24 anos é 235 vítimas. No mesmo período, o Estado tem a menor média de mortalidade da região: 12 óbitos a cada 100 mil empregados.
O Rio Grande do Sul teve um acréscimo nos acidentes ocupacionais de 55.397 em 2012 para 59.627 em 2013 (7,63%). A média anual nos últimos 24 anos foi 45.991, a maior da região, sendo que a incidência média anual no período a cada 100 mil trabalhadores foi 2.140. O maior número de ocorrências em 2012 no Estado foi registrado na indústria da transformação (19.242), seguida do comércio e veículos (7.069) e saúde humana e serviços sociais (7.014). No mesmo ano, a principal incidência de ocorrências a cada 100 mil trabalhadores foi registrada no setor da saúde humana e serviços sociais (4,98), seguido do setor de água, esgoto e resíduos (4,43) e administração pública, defesa e seguridade social (2,77).
Confira as tabelas em PDF.
Tabela 1 – Média de Acidentes de Trabalho ocorridos nos últimos 24 anos