sábado, 14 de junho de 2025

Sudeste 6

Menos acidentes

Mesmo assim, região amarga 3ª posição em mortalidade nos últimos 24 anos

A extensão territorial do Sudeste é de 924.511,3 km², onde vive uma população de 85.115.623 habitantes conforme estimativa do IBGE para 2014. Trata-se da região mais populosa e povoada do país. Tem o maior parque industrial do Brasil, com grandes montadoras de veículos, mas o setor de serviços é o principal segmento econômico. A agricultura é dinâmica e diversificada, com destaque para o cultivo de café, laranja e cana-de-açúcar. A exploração de minério é outra atividade importante. A região é responsável por 55,4% do PIB nacional.

Neste cenário, as mortes em acidentes de trabalho tiveram aumento de 1.319 para 1.327 (0,6%) de 2012 para 2013. A média anual de mortes laborais nos últimos 24 anos é de 1.666, o que equivale a 53 óbitos a cada 100 mil empregados. Houve um decréscimo de acidentes ocupacionais de 2012 para 2013 de 390.997 para 390.911 (-0,02). A média anual de ocorrências de 1990 a 2013 é 320.369. Já a incidência de acidentes para este período é de 6.901 a cada 100 mil trabalhadores, a maior do país.

Os setores que mais empregaram no Sudeste em 2012 foram comércio e veículos (4.675.015), indústria da transformação (4.008.909), atividades administrativas e serviços complementares (2.549.854), indústria da construção (1.449.728), transporte, armazenagem e Correios (1.372.058) e saúde humana e serviços sociais (1.063.765). Observa-se uma queda acentuada de 45,52% nos empregos da construção, que em 2011 tinha 2.660.994 contratados.

CAMPEÃO
São Paulo continua campeão no núme­ro de trabalhadores contratados no Brasil em 2013, mas também amarga os primeiros lugares em acidentes de trabalho e óbitos laborais. O Estado teve um aumento de 1,75% nos empregados formais, de 13.783.541 em 2012 para 14.024.340 em 2013. No mesmo período, teve um aumento nos acidentes fatais, de 680 para 721 (6,03%), e manteve em 5 a mortalidade a cada 100 mil trabalhadores.

Os setores que tiveram o maior número de óbitos em 2012 no Estado foram indústria da transformação (185), transporte, armazenagem e Correios (110) e comércio e veículos (95). A maior mortalidade ficou com o setor de extrativismo mineral (33,75). Na média anual de acidentes fa­tais de 1990 a 2013, SP detém a maior do Sudeste: 951. Em óbitos a cada 100 mil trabalhadores, tem a terceira maior: 11 mortes.

No que diz respeito aos acidentes do trabalho, o Estado paulista teve um aumento de 247.668 em 2012 para 248.928 em 2013 (0,51%). A média anual dos últimos 24 anos foi 219.074, a maior do Sudeste, sendo que a incidência média no período a cada 100 mil trabalhadores foi 2.399, também a maior da região. O maior número de ocorrências em 2012 foi registrado na indústria da transformação (82.465), seguida do comércio e veículos (36.415) e saúde humana e serviços sociais (27.915). Já a maior incidência de acidentes foi no setor de água, esgoto e resíduos (4,44).

Em 2013, o Espírito Santo ficou na 13ª posição no Brasil em número de trabalhadores formais, na 11ª em acidentes ocupacionais e na 9ª em número de óbitos laborais. O Estado teve o maior aumento na porcentagem de contratações formais na região, 3,07%, passando de 926.336 em 2012 para 954.791 em 2013. No mesmo período, teve acréscimo nos acidentes fatais de 91 para 102 (12,09%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de 10 para 11 (10%). No Brasil, a mortalidade foi 6 nos dois anos. O setor que teve o maior número de óbitos em 2012 no Estado foi o de transporte, armazenagem e Correios (27), seguido da construção (17) e comércio e veículos (11). Já a maior mortalidade foi registrada no setor de administração pública, defesa e seguridade social: 57,87 mortes a cada 100 mil empregados. Na média de acidentes fatais de 1990 a 2013, o ES detém a menor da região, 109, no entanto tem a maior mortalidade, 21 a casa 100 mil trabalhadores.

Quanto aos acidentes ocupacionais, o ES teve um acréscimo de 13.423 em 2012 para 13.695 em 2013 (2,03%). A média anual nos últimos 24 anos foi 9.572, a menor da região, sendo que a incidência média no período a cada 100 mil trabalhadores foi 1.607 acidentes, a terceira maior do Sudeste. O maior número de ocorrências em 2012 no ES foi registrado na indústria da transformação (2.800), seguida do comércio e veículos (1.810) e saúde humana e serviços sociais (1.731). Já a maior incidência foi na administração pública, defesa e seguridade social (8,2).

SEGUNDO LUGAR
Minas Gerais ficou em 2º lugar no Brasil em número de trabalhadores formais, o que é positivo. Por outro lado, obteve a mesma colocação em acidentes e óbitos trabalhistas, dados que preocupam. O Estado teve um acréscimo de 2,61% no número de empregados, passando de 4.928.225 em 2012 para 5.057.080 em 2013. No mesmo período, teve decréscimo no número mortes por acidentes la­borais de 370 para 334 (-9,73%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores, de 8 para 7 (-12,5%). O setor que teve o maior número de óbitos em 2012 no Estado foi a indústria da transformação (103), seguida de transporte, armazenagem e Correios (80) e comércio e veículos (48). Já a maior mortalidade foi registrada no setor de transporte, armazenagem e Correios: 33,94 mortes a cada 100 mil empregados. Na média de acidentes fatais de 1990 a 2013, MG detém a segunda maior, 370. Também detém a segunda maior média do período em mortalidade: 13 óbitos a cada 100 mil trabalhadores.

Em acidentes de trabalho, o Estado mineiro teve uma queda de 77.714 em 2012 para 77.252 em 2013 (-0,59%). A média anual nos últimos 24 anos foi 58.207, a segunda maior da região, sendo que a incidência média no período a cada 100 mil empregados foi 1.874, também a segunda maior. O maior número de ocorrências em 2012 em MG foi registrado na indústria da transformação (23.301). Já a maior incidência de acidentes foi no setor de administração pública, defesa e seguridade social (6,81).

Rio de Janeiro tem a 3ª posição no Bra­sil em número de trabalhadores, 5ª em acidentes e 4ª em óbitos. O Estado registrou um aumento de 2,8% nos empregados, passando de 4.461.706 em 2012 para 4.586.790 em 2013. No mesmo período, teve decréscimo no número de mortes laborais, de 178 para 170 (-4,49%), e manteve em 4 a mortalidade a cada 100 mil trabalhadores. O setor que teve o maior número de óbitos em 2012 no Estado foi a indústria da construção (40), e a maior mortalidade ficou com o setor de água, esgotos e resíduos (17,15). Na média de acidentes fatais de 1990 a 2013, RJ detém a terceira maior do Sudeste, 236. Em óbitos a cada 100 mil trabalhadores, tem a menor média da região: 8.

O Estado fluminense teve uma queda de 52.192 em 2012 para 51.036 em 2013 no número de acidentes do trabalho (-2,21%). A média de ocorrências nos últimos 24 anos foi 33.516, a terceira maior da região, sendo que incidência média no período a cada 100 mil empregados foi 1.021, a menor da região. O maior número de acidentes em 2012 no RJ foi registrado na indústria da transformação (9.657). Já a maior incidência foi no setor de água, esgotos e resíduos (4,94).

Confira as tabelas em PDF.

Arquivos relacionados:

Tabela 1 – Média de Acidentes de Trabalho ocorridos nos últimos 24 anos

Espírito Santo

Minas Gerais

Rio de Janeiro

São Paulo

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