
Construção destaca-se entre setores com maior número de óbitos
O Norte tem uma extensão territorial de 3.853.397,2 km², a maior do Brasil, 42% do território nacional, e uma população de 17.231.027 habitantes conforme estimativa do IBGE para 2014. Tem sua economia impulsionada pelo extrativismo vegetal e pela mineração. O Polo de Manaus, composto por mais de 500 fábricas de variados segmentos, sobressai na área industrial. A Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) é outro destaque. Os nortistas contribuem com cerca de 5,4% do PIB nacional.
Neste cenário, os acidentes de trabalho fatais tiveram um decréscimo de 202 para 187 (-7,42%) de 2012 para 2013. A média anual de mortes laborais na região nos últimos 24 anos é de 134, uma mortalidade de 59 óbitos a cada 100 mil empregados. A região também teve queda de acidentes ocupacionais de 2012 para 2013, de 32.269 para 31.275 (-3,08%). A média anual de ocorrências de 1990 a 2013 é 11.172, com uma incidência de 3.487 a cada 100 mil trabalhadores.
Os setores que mais empregaram no Norte em 2012 foram comércio e veículos (483.531), indústria da transformação (269.823), indústria da construção (206.732), atividades administrativas e serviços complementares (163.748), transporte, armazenagem e Correios (102.259), agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca (89.640), administração pública, defesa e seguridade social (78.623), alojamento e alimentação (65.975), educação (65.150) e saúde humana e serviços sociais (61.783). Destaca-se um aumento de 65,86% no comércio, que em 2011 tinha 291.534 empregados; e uma queda de 34,22% na construção, que tinha 314.272 trabalhadores.
QUEDA
Roraima foi o único Estado brasileiro que teve queda nas contratações formais de 2012 para 2013, -1,73%, passando de 93.777 para 92.157. Em 2013, a unidade federativa ficou na 27ª posição nacional em empregados. De positivo, também foi a última colocada em acidentes ocupacionais (27ª). Em óbitos, ficou em 25º lugar. De 2012 para 2013, RR registrou queda nos acidentes fatais de 4 para 1 (-75%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores os dados são iguais. No Brasil, a mortalidade manteve-se em 6. Os únicos setores que tiveram óbitos em 2012 no Estado foram as indústrias da construção (2) e da transformação (2). A maior mortalidade ficou na indústria da transformação (78,83), seguida da construção (47,89). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, o Estado detém a menor da região Norte, 4. A média da mortalidade nos últimos 24 anos é 11 vítimas a cada 100 mil trabalhadores.
O Pará ficou em 12º lugar no Brasil em número de trabalhadores contratados. Houve um acréscimo de 1.052.344 empregados em 2012 para 1.125.536 em 2013 (6,95%). O Estado obteve a 13ª posição em acidentes laborais, mesma colocação em óbitos. De 2012 a 2013, foi registrada uma queda nas mortes laborais de 89 para 68 (-23,59%) e a mortalidade a cada 100 mil trabalhadores caiu de 8 para 6 (-25%). O setor que teve o maior número de óbitos em 2012 no PA foi a construção. Já na mortalidade, o maior número de óbitos ficou no setor de informação e comunicação (51,33). Também destacaram-se negativamente as atividades profissionais científicas e técnicas (34,84) e o extrativismo mineral (25,79). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, o Estado tem o maior número de acidentes fatais da região, 73 óbitos. A média anual da mortalidade nos últimos 24 anos é 13 óbitos a cada 100 mil trabalhadores.
O Amazonas ficou com o 17º lugar no Brasil em 2013 em número de trabalhadores formais. Houve um acréscimo de 616.377 empregados em 2012 para 644.411 em 2013 (4,55%). O Estado é o 16º em acidentes ocupacionais e o 20º em óbitos. De 2012 a 2013, foi registrada uma queda de 32 para 29 (-9,37%) no número de mortes ocupacionais e a mortalidade a cada 100 mil trabalhadores manteve-se em 5. O setor que teve o maior número de óbitos em 2012 também foi a construção (10), mas a maior mortalidade ficou com o extrativismo mineral (47,06). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, o AM ficou com 32. Já a média de mortalidade ficou em 10 mortes.
Tocantins obteve a 24ª posição nacional em número de trabalhadores, passando de 246.360 em 2012 para 257.536 em 2013 (4,54%). O Estado também registrou a 24ª posição em acidentes e a 17ª em óbitos trabalhistas. De 2012 a 2013, houve um aumento de 18 para 33 no número de óbitos (83,33%) e a mortalidade a cada 100 mil trabalhadores cresceu de 7 para 13 (85,71%). Novamente, a construção aparece como o setor com o maior número de óbitos em 2012 (7), mas a maior mortalidade ficou com o extrativismo mineral (87,18). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, TO ficou com 21. Nos últimos 24 anos, a média da mortalidade registrada é de 15 vítimas fatais a cada 100 mil trabalhadores.
O Acre obteve a 25ª colocação em número de trabalhadores no Brasil. Houve aumento de 125.229 em 2012 para 129.232 em 2013 (3,2%). O Estado também foi o 25º em acidentes e o 24º em mortes. De 2012 a 2013, houve queda de acidentes fatais de 10 para 9 (-10%) e a mortalidade passou de 8 para 7 vítimas (-12,5%) a cada 100 mil trabalhadores. Outra vez, a área que teve o maior número de óbitos em 2012 foi a construção (4). Este setor, que pode ser considerado o Calcanhar de Aquiles da Região, também ficou com a maior mortalidade (50,10). Na média de acidentes fatais de 1990 a 2013, o Estado ficou com 6. No período, os acrianos tiveram a menor média de mortalidade da região: 9 vítimas.
Rondônia registrou a 23ª posição nacional em número de trabalhadores formais, passando de 365.142 em 2012 para 367.645 em 2013 (0,68%). Em número de acidentes ocupacionais, o Estado ficou com a 19ª colocação e, em óbitos, com a 16ª. De 2012 a 2013, houve decréscimo no número de óbitos de 42 para 37 (-11,9%) no Estado e a mortalidade a cada 100 mil trabalhadores passou de 12 para 10 (-16,67%). O setor que teve o maior número de mortes em 2012 foi a indústria da construção (12), novamente, e a maior mortalidade ficou no extrativismo mineral (212,01). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, RO registrou 36. O Estado detém a maior média de mortalidade dos últimos 24 anos na região: 20.
PENÚLTIMO
O Amapá ficou com o 26º lugar no país em número de empregados, passando de 122.956 em 2012 para 126.731 em 2013, um aumento de 3,07%. O Estado conquistou o penúltimo lugar em acidentes (26º) e a 23ª posição em óbitos. De 2012 a 2013, houve aumento de acidentes fatais de 7 para 10 (42,85%) e a mortalidade a cada 100 mil trabalhadores passou de 6 para 8 (33,33%). O setor que teve o maior número de óbitos em 2012 foi a construção (3) outra vez, mas a maior mortalidade ficou como setor de alojamento e alimentação (63,01). O Estado ficou com a média anual 6 em acidentes fatais de 1990 a 2013. Já a média de mortalidade registrada nos últimos 24 anos foi de 10 vítimas fatais.
Confira as tabelas em PDF.
Tabela 1 – Média de Acidentes de Trabalho ocorridos nos últimos 24 anos