Dados globais
Perfil da acidentalidade no mundo exclui o Brasil das estatísticas atualizadas da OIT
No ranking internacional de acidentes, conforme dados divulgados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), há informações importantes sobre o mundo do trabalho dos países que têm enviado periodicamente à entidade informações sobre sua população trabalhadora. Infelizmente este não é o caso do Brasil, que desde o ano 2000, não mais envia à sede da OIT, em Genebra, os seus números de acidentes de trabalho. Outros dados continuam sendo enviados pelo governo brasileiro e divulgados no Anuário Estatístico do Trabalho da OIT (Yearbook of Labor Statistics) tais como nível de emprego e desemprego, remuneração, horas de trabalho, greves, entre outros. Porém, os registros de acidentalidade não foram mais fornecidos e, por isso, foram mantidos desatualizados por falta de informações.
Essa atitude demonstra descaso com as questões de Saúde e Segurança do Trabalho, sentimento que vem sendo percebido também pela comunidade prevencionista como demonstra a matéria Governo em baixa, a partir da página 88.
Apresentamos no quadro um resumo das informações acidentárias dos 188 países com mais trabalhadores no mundo. É difícil traçar um comparativo, pois cada um utiliza conceitos próprios para registrar seus infortúnios laborais. É ainda pelo número de mortos que se pode estabelecer alguma relação entre eles. A soma dos dados da tabela indica 50.793 mortes e 8.752.991 acidentes registrados, mas 61 países não informaram o número de acidentes de trabalho e 63 deixaram de fornecer as mortes.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, todos os anos, cerca de 330 milhões de trabalhadores são vítimas de acidentes de trabalho em todo o mundo, além de 160 milhões de novos casos de doenças ocupacionais. Sobre as mortes, a OIT aponta mais de 2 milhões relacionadas ao trabalho: 1.574.000 por doenças, 355.000 por acidentes e 158.000 por acidentes de trajeto.
