domingo, 15 de junho de 2025

ERGONOMIA – PRATA | Dispositivo para desmontagem de acoplamento (Gravata)

VALE SA | São Luís/MA

O TMPM (Terminal Marítimo de Ponta da Madeira) localizado em São Luís, no Maranhão é onde são embarcadas diariamente milhares de toneladas de minério de ferro para o funcionamento de indústrias da construção civil, automobilística, naval, entre outras. Neste local, a Vale SA tem instalados aproximadamente 186 transportadores com 1.500 tambores entre os quais 280 são tambores motrizes. Ao observar a maneira como era feito o embarque utilizando estes tambores, a empresa percebeu a existência de atividades com grande impacto logístico e de segurança aos empregados envolvidos.

Quando havia a necessidade de troca dos rolamentos ou de acoplamento dos tambores motrizes, era preciso desmontar o componente para transporte até a oficina de subconjunto para eliminação da anomalia. De acordo com a Vale, em 2023, ao menos 24 atividades de troca de rolamentos foram realizadas, somando 960h de manutenção e com aproximadamente 160 empregados envolvidos. O risco da atividade de retirar o tambor motriz é classificado como alto e há ainda riscos ergonômicos médio e baixo. Esse problema fez a Vale buscar estratégias que trouxessem mais segurança no processo. Assim surgiu o Dispositivo para desmontagem de acoplamento (Gravata). O case recebeu a distinção Prata na categoria Ergonomia do Prêmio Proteção Brasil 2024.

O dispositivo auxilia na retirada do cubo do acoplamento sem a necessidade de envio do tambor para a oficina, reduzindo o número de colaboradores envolvidos, a exposição ao risco e aumentando a produtividade. Para a atividade dar certo foi realizado um memorial de cálculo considerando dimensões de tambores, forma de uso e aplicação na área operacional e foi desenvolvido procedimento para seu uso. As equipes foram treinadas na teoria e na prática. A primeira implantação foi realizada em janeiro de 2024. Com três meses de utilização a empresa comprovou a eficácia, bem como ótimos resultados em segurança e produtividade. Houve redução de 16 horas por troca de tambor, deixando de expor montadores de andaime, caldeireiros e soldadores a riscos como trabalho em altura, movimentação e içamento de carga e riscos com equipamentos automotores. Os resultados foram tão bons que há possibilidade de replicar a ação em outras plantas.

Assista o vídeo sobre o case:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

Artigos relacionados