VALE SA | São Luís/MA
O TMPM (Terminal Marítimo de Ponta da Madeira) localizado em São Luís, no Maranhão é onde são embarcadas diariamente milhares de toneladas de minério de ferro para o funcionamento de indústrias da construção civil, automobilística, naval, entre outras. Neste local, a Vale SA tem instalados aproximadamente 186 transportadores com 1.500 tambores entre os quais 280 são tambores motrizes. Ao observar a maneira como era feito o embarque utilizando estes tambores, a empresa percebeu a existência de atividades com grande impacto logístico e de segurança aos empregados envolvidos.
Quando havia a necessidade de troca dos rolamentos ou de acoplamento dos tambores motrizes, era preciso desmontar o componente para transporte até a oficina de subconjunto para eliminação da anomalia. De acordo com a Vale, em 2023, ao menos 24 atividades de troca de rolamentos foram realizadas, somando 960h de manutenção e com aproximadamente 160 empregados envolvidos. O risco da atividade de retirar o tambor motriz é classificado como alto e há ainda riscos ergonômicos médio e baixo. Esse problema fez a Vale buscar estratégias que trouxessem mais segurança no processo. Assim surgiu o Dispositivo para desmontagem de acoplamento (Gravata). O case recebeu a distinção Prata na categoria Ergonomia do Prêmio Proteção Brasil 2024.
O dispositivo auxilia na retirada do cubo do acoplamento sem a necessidade de envio do tambor para a oficina, reduzindo o número de colaboradores envolvidos, a exposição ao risco e aumentando a produtividade. Para a atividade dar certo foi realizado um memorial de cálculo considerando dimensões de tambores, forma de uso e aplicação na área operacional e foi desenvolvido procedimento para seu uso. As equipes foram treinadas na teoria e na prática. A primeira implantação foi realizada em janeiro de 2024. Com três meses de utilização a empresa comprovou a eficácia, bem como ótimos resultados em segurança e produtividade. Houve redução de 16 horas por troca de tambor, deixando de expor montadores de andaime, caldeireiros e soldadores a riscos como trabalho em altura, movimentação e içamento de carga e riscos com equipamentos automotores. Os resultados foram tão bons que há possibilidade de replicar a ação em outras plantas.
Assista o vídeo sobre o case: