sábado, 21 de junho de 2025

Entrevista | José Nivaldo Barbosa de Sousa: Desafio assumido – Ed. 390

Novo presidente da Fenatest quer união em prol do fortalecimento da categoria no país

Entrevista à jornalista Daniela Bossle

O paraibano, natural de Campina Grande/PB, José Nivaldo Barbosa de Sousa, é o novo presidente da Fenatest (Federação Nacional dos Técnicos em Segurança do Trabalho) desde o dia 24 de maio último. Ele assumiu prometendo dialogar, unir e fortalecer a categoria bastante dividida por conta de desentendimentos entre os sindicatos. “Espero que todos compreendam que a gente tem que deixar o ego de lado e partir para darmos as mãos em torno de uma proposta maior. Até porque nossos estados precisam unir forças pois só assim teremos uma Federação forte que possa trazer conquistas para toda a categoria sem distinção de região e de estados”, almeja.

Na entrevista Nivaldo fala de seus objetivos à frente da Fenatest para reestruturação dos sindicatos e valorização dos profissionais; das conquistas em torno do Movimento Abril Verde, que tem o maior orgulho de ter sido um dos pioneiros (tanto que o carrega tatuado no braço), da sua experiência em rádio e TV em prol da prevenção.

Ele é técnico em Construção Civil, técnico em Segurança do Trabalho, tecnólogo em Segurança do Trabalho, especialista em SST, e cursa agora Engenharia Ambiental. Hoje trabalha como técnico de segurança no SESMT da prefeitura de Cabedelo/PB, é consultor em SST, radialista e jornalista, além de seguir à frente do Sintest/PB que preside desde 2009, e agora como titular da Fenatest.

Quanto tempo será sua gestão como presidente da Fenatest? Quantos filiados possui a Federação? Quantos TSTs existem hoje no país?

Nossa gestão à frente da Fenatest iniciou agora em maio de 2024 e vai até maio de 2028. É um mandato de quatro anos que será pautado por uma gestão compartilhada. Eu estou como presidente, mas fomos eleitos pela chapa Unidade para Fortalecer justamente para chamar a atenção que o importante é termos unidade em prol da categoria. Hoje temos 13 sindicatos filiados com registro sindical junto ao Ministério do Trabalho, 10 sindicatos filiados, mas sem o registro sindical atualizado no MTE, três estados que ainda não possuem o sindicato, e, por fim, um sindicato que está desfiliado. Vamos conversar com todos os representantes dos 26 estados e do Distrito Federal, até porque queremos fazer uma gestão compartilhada, uma gestão de unidade, uma gestão para fortalecer. Os sindicatos que não têm o registro ainda junto ao Ministério do Trabalho, vamos procurar tentar uma forma para que eles possam fazer esse registro, também orientar para que os sindicatos possam atualizar os seus registros, e os que não estejam filiados, vamos tentar trazer para a nossa Federação. Até porque nós não queremos nenhum sindicato desfiliado. E também os estados que não possuem sindicatos vamos buscar, vamos conversar com as categorias destes estados para que a gente possa criar estes sindicatos.

E em relação ao número de técnicos de segurança existentes hoje no Brasil?

Para você ter uma ideia, no Brasil há mais de 400 mil técnicos com registro profissional de técnico em Segurança do Trabalho formado, e deste total 117 mil trabalham com carteira assinada. Fora os que trabalham com consultoria, fora os que trabalham como MEI, fora os que trabalham só em sala de aula, e outros profissionais que estão trabalhando, mas não são CLT.

Como o senhor pretende trabalhar junto aos seus filiados e com que objetivos?

O nosso trabalho de gestão da Fenatest será um trabalho de muito diálogo, muita conversa e uma gestão compartilhada. Nós iremos colocar para a categoria que precisamos dialogar, conversar e unir forças. Vamos criar comissões para reestruturação dos sindicatos; vamos instituir mecanismos e fortalecer os sindicatos nas bases, nos estados; queremos criar acordos e convenções coletivas em nível nacional e regional juntamente com os sindicatos; intensificar a luta em defesa da categoria junto com outros parceiros (associações, órgãos públicos, instituições privadas). Até porque precisamos melhorar a qualificação dos técnicos de Segurança do Trabalho, a capacitação e também a empregabilidade. Para isso será preciso criar mecanismos para a abertura de convênios que oportunizem estágios, para que possamos ter mais empregos, mais fonte de renda para os profissionais técnicos em Segurança do Trabalho. Também vamos na luta de criar concursos públicos, já temos em vários municípios, em vários estados os concursos públicos, mas a gente precisa ampliar isso para que no setor público também se fale em prevenção e em Segurança do Trabalho. E ainda procurar conversar com os empregadores porque nenhum empregador quer que o acidente ocorra na sua empresa. E nós, técnicos de segurança, também não queremos que o acidente ocorra nas empresas, nos ambientes de trabalho. Precisamos ter uma cultura permanente de prevenção e para isso temos que abrir um leque de parcerias com instituições ligadas a órgãos públicos, parceria de cooperação técnica com o Ministério do Trabalho, com o MPT, com o Tribunal Superior do Trabalho. Vamos tentar criar um Fórum Permanente Nacional de Prevenção dos Acidentes de Trabalho. A ideia é unir forças em prol de um só propósito: a redução dos números de acidentes de trabalho. Acidentes são ruins para todo mundo: para a sociedade, para o Brasil, para nós prevencionistas, para os empregadores.


Confira a entrevista completa na edição de junho da Revista Proteção.

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