terça-feira, 01 de julho de 2025

Artigo – Saúde nas Alturas: Em tempo real

Edição 403 – Julho/2025

Monitoramento remoto da saúde dos trabalhadores que atuam em altura fortalece a prevenção

Trabalhos em altura são sempre uma preocupação para a segurança, independentemente do serviço ou do setor onde eles ocorrem – e eles ocorrem em muitos. Tem havido uma enorme evolução nos equipamentos e procedimentos de segurança visando evitar que aconteçam acidentes durante a execução das atividades. Ainda existe espaço para mais melhorias em equipamentos e procedimentos? Sim, sempre haverá. Porém, quando buscamos trabalhar de modo preventivo, para proteger os que trabalham em altura, o caminho pelo qual mais progressos são possíveis é o da preservação das condições de saúde dos profissionais envolvidos.

Tal constatação nos leva a discutir o que, e como fazer, para conseguir atuar em aspectos relevantes para a Saúde Ocupacional de modo mais eficaz, compatível com o ambiente regulatório, que possa ser usado em escala e com custos compatíveis com a realidade das empresas que empregam profissionais para trabalhos em altura.

Este artigo demonstra como sistemas de monitoramento remoto contínuo de parâmetros fisiológicos, baseados em conjuntos de equipamentos de alta tecnologia, mas já presentes no mercado há anos (tais como relógios inteligentes ou também chamados de smartwatches) para atender a outras finalidades, podem ser uma solução adequada para ajudar a gestão da saúde no ambiente do trabalho em altura.

LEGISLAÇÕES
No Brasil, a Norma Regulamentadora nº 35 exige a realização de exames médicos admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissionais, e enfatiza a importância da aptidão física e psicológica para atividades em altura. No entanto, não entra em detalhes sobre que aspectos monitorar, nem que exames devem ser providenciados.

Nos Estados Unidos, a OSHA (Occupational Safety and Health Administration) requer que os empregadores garantam a aptidão dos trabalhadores através de exames médicos e avaliações de risco. Enfatiza também a necessidade de serem realizados testes de aptidão física (cardiovascular, neurológico e ergonômico) e avaliações específicas para identificar condições que possam aumentar o risco de acidentes.

Por sua vez, a União Europeia, por meio da Diretiva 89/391/EEC e de outras normativas nacionais, reforça a importância de programas de vigilância médica, com avaliações periódicas integradas e um enfoque preventivo na Saúde Ocupacional, geralmente incluindo avaliações ergonômicas e testes de aptidão física, além de avaliações psicológicas em suas disposições e exigências.

FATORES
É necessário levar em consideração as exigências legais e as demandas físicas trazidas pelas atividades normalmente desempenhadas em serviços em altura para podermos estabelecer quais avaliações e monitoramentos realizar.

Trabalhos em altura exigem esforço físico e podem gerar situações de estresse; a saúde cardiovascular é crucial para prevenir problemas como arritmias, hipertensão ou até eventos isquêmicos.

Outros fatorem a considerar estão ligados às condições neurológicas ou alterações no equilíbrio, pois podem aumentar significativamente o risco de quedas e acidentes durante atividades em altura.


Dados do autor:

Marcelo Kós Silveira Campos – Engenheiro Químico pela UFRJ; Consultor de sustentabilidade na indústria e de SST, especialmente indústria química; ex-coordenador do Programa Atuação Responsável® da Abiquim; Diretor da REHMO – Monitoramento Remoto de Saúde.
marcelo.kos@rehmo.com.br
www.rehmo.com.br


Confira o artigo completo na edição de julho da Revista Proteção.

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