Comerciantes do centro de Uberaba denunciam falta de equipamentos de proteção individual para trabalhadoras na limpeza urbana. De acordo com Alexandra Cattani, mulheres que atuam como garis estão trabalhando debaixo de chuva, sem as vestimentas adequadas. “Elas passam pela manhã com a roupa toda molhada, as botas com buracos e encharcadas. Há até senhoras de idade que abordam a gente tremendo de frio”, descreveu a comerciante, que se manifestou indignada com a condição das servidoras.
Alexandra ressaltou que os moradores da região fornecem leite quente ou café para amenizar o frio das varredoras. A denunciante disse ainda que as trabalhadoras alegam que a empresa não oferece capas ou calças adequadas para elas se protegerem da chuva, obrigando-as a trabalhar nesse tempo, pois, se não comparecerem ao serviço, correm o risco de ser dispensadas. A comerciante ouviu de uma das servidoras que elas não podem usar capa de proteção para não encobrir o emblema da companhia. “O que nós queremos é que a saúde dessas pessoas seja preservada e que a empresa olhe mais para essas mulheres”, concluiu.
Em contrapartida, o superintendente de Serviços Urbanos da Prefeitura, João Ricardo Pessoa Vicente, disse que o setor oferece todos os equipamentos necessários aos trabalhadores. “Isso é uma coisa que a gente sempre exige da empresa Uberaba Ambiental, que presta serviço à administração municipal. Nesta época, além da capa, é preciso oferecer todo o material adequado”, esclareceu João, garantindo que fez uma ronda na cidade e não acompanhou nenhum caso como o mencionado na reportagem. A promessa do superintende é de acionar a agência para averiguar se esses problemas estão ocorrendo. “Vamos investigar, porque falhas como essas a prefeitura não aceita”, finalizou
