
Região tem mais baixos índices de mortalidade e acidentalidade dos últimos 24 anos
O Nordeste tem uma área de 1.554.257 km² e abriga uma população de 56.186.220 habitantes conforme estimativa do IBGE para 2014. O grande número de cidades litorâneas contribui para o turismo. No agronegócio, sobressai o cultivo de algodão, cana-de-açúcar, arroz e cacau e a pecuária extensiva. Além disso, merece destaque o complexo mineiro-metalúrgico e a extração de petróleo. Apesar dos problemas relacionados à seca e à miséria, observa-se uma expansão industrial em curso. A região corresponde a cerca de 13,4% do PIB nacional. Neste cenário, os acidentes de trabalho fatais tiveram acréscimo de 387 para 445 (14,99%) de 2012 para 2013. A média anual de mortes laborais nos últimos 24 anos é 193, uma mortalidade de 43 óbitos a cada 100 mil empregados, a menor do país junto com o Sul. A região teve queda de acidentes ocupacionais de 2012 para 2013, de 90.588 para 86.225 (-4,82%). A média acidentária de 1990 a 2013 é 18.337, com uma incidência de 3.157 ocorrências a cada 100 mil trabalhadores, a menor do Brasil.
Os setores que mais empregaram no Nordeste em 2012 foram comércio e veículos (1.548.854), indústria da transformação (1.041.660), atividades administrativas e serviços complementares (692.605) e indústria da construção (674.096). Destaca-se um aumento de 43,17% nos trabalhadores do comércio e veículos, setor que, em 2011, tinha 1.081.826 empregados; e uma queda de 35,58% na indústria da construção, que tinha 1.046.350 empregados.
CONTRATAÇÕES
O Piauí foi o Estado da região que mais teve incremento de contratos, passando de 418.380 em 2012 para 444.121 em 2013 (6,15%). Mesmo assim, ficou na 21ª posição em trabalhadores no Brasil. Positivamente, obteve a 22ª colocação em acidentes e a 21ª em óbitos. De 2012 para 2013, teve aumento nos acidentes fatais de 24 para 27 (12,5%). Na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores, o número manteve-se em 6 mortes. Os setores que mais registraram óbitos em 2012 foram construção (9), indústria da transformação (4) e agronegócio (3). Na média anual de mortes dos últimos 24 anos, o Estado ficou com 23, a menor da região.
O Ceará teve um aumento de empregados de 1.423.648 em 2012 para 1.495.923 em 2013 (5,08%) e ficou com a 10ª posição em contratações no país. Em acidentes ocupacionais, obteve o 12º lugar e o mesmo em óbitos. De 2012 para 2013, os cearenses tiveram aumento de mortes de 57 para 71 (24,56%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de 4 para 5 (25%). Os setores que mais registraram óbitos em 2012 foram indústria da transformação (18), construção (13) e transporte, armazenagem e Correios (7).
A Paraíba ficou na 16ª colocação em contratações no Brasil, passando de 628.047 em 2012 para 659.242 em 2013 (4,97%). Em número de acidentes, obteve o 20º lugar e de óbitos, o 22º. De 2012 para 2013, registrou queda de acidentes fatais de 21 para 19 (-9,52%) e manteve a mortalidade em três vítimas. Os setores que mais registraram mortes em 2012 foram indústria da transformação (5), transporte, armazenagem e Correios (5) e atividades administrativas e serviços complementares (3). A maior mortalidade ficou com o extrativismo mineral (144,4).
Sergipe obteve o 22º lugar em trabalhadores no país, com um acréscimo de 388.507 em 2012 para 405.775 em 2013 (4,44%), o 23º lugar em acidentes e o 19º em óbitos. De 2012 a 2013, os sergipanos tiveram aumento de mortes de 21 para 30 (42,86%) e de 5 para 7 (40%) na mortalidade. O setor que mais registrou acidentes fatais em 2012 foi a construção (6). A maior mortalidade ficou com transporte (24,64).
ÁGUA E ELETRICIDADE
Pernambuco teve um acréscimo de trabalhadores de 1.694.647 em 2012 para 1.758.482 em 2013 (3,77%) e registrou a 8ª posição nacional em contratações, a mesma de acidentes. Em óbitos, ficou na 11ª colocação. De 2012 a 2013, os pernambucanos tiveram um acréscimo de acidentes fatais de 75 para 76 (1,33%) e a mortalidade a cada 100 mil empregados manteve-se em 4. Os setores que mais registraram mortes em 2012 foram indústria da transformação (18), construção (15) e comércio (13). A maior mortalidade ficou com água, esgoto e resíduos (37,46).
O Maranhão ficou na 15ª colocação no Brasil em empregados, passando de 696.348 em 2012 para 721.490 em 2013 (3,61%). O Estado obteve a 21ª posição em acidentes e a 14ª em óbitos. De 2012 a 2013, os maranhenses registraram um acréscimo de acidentes fatais de 42 para 58 (38,09%) e a mortalidade a cada 100 mil empregados passou de 6 para 8 óbitos (33,33%). Os setores que mais registraram mortes em 2012 foram indústria da construção (15), transporte, armazenagem e Correios (10) e comércio e veículos (6). A mortalidade mais significativa ficou no setor de eletricidade e gás (54,56).
A Bahia teve um acréscimo no número de empregados, passando de 2.256.621 em 2012 para 2.314.907 em 2013 (2,58%), o que a colocou na 6ª posição em número de contratações no Brasil. O Estado é o 7º colocado em acidentes e o 8º em óbitos no país. De 2012 a 2013, houve aumento no número de acidentes fatais de 105 para 108 (2,86%) e a mortalidade manteve-se em 5 mortes a cada 100 mil trabalhadores. Os setores que mais registraram óbitos em 2012 foram construção (22), transporte, armazenagem e Correios (16), indústria da transformação (14) e comércio (14). A maior mortalidade foi no setor de água, esgoto e resíduos (20,44). Na média anual de acidentes fatais de 1990 a 2013, os baianos ficaram com 139, a maior da região.
Alagoas teve um acréscimo de trabalhadores, passando de 505.132 em 2012 para 509.125 em 2013 (0,79%), o que o deixou na 20ª posição nacional em empregos. O Estado ficou com a 18ª colocação em acidentes laborais e com a 20ª em mortes. De 2012 para 2013, os alagoanos tiveram aumento de óbitos de 21 para 29 (38,09%) e a mortalidade passou de 4 para 6 óbitos (50%) a cada 100 mil trabalhadores. Os setores em que mais houve mortes foram indústria da transformação (7), construção (5) e transporte, armazenagem e Correios (3). A maior mortalidade ficou no setor de intermediações financeiras (42,74), seguido de transporte, armazenagem e Correios (20,72) e construção (13,54).
O Rio Grande do Norte ficou com a 19ª colocação nacional no número de empregados, passando de 602.226 em 2012 para 617.645 em 2013 (2,56%). Em acidentes, tem o 17º lugar e em óbitos, o 21º. De 2012 para 2013, registrou acréscimo nos óbitos de 21 para 27 (28,57%) e a mortalidade passou de 3 para 4 mortes (33,33%). Os setores que mais tiveram acidentes fatais em 2012 foram construção (8), indústria da transformação (6), comércio e veículos (2) e atividades administrativas e serviços complementares (2). A maior mortalidade ficou na construção (17,13).
Confira as tabelas em PDF.
Tabela 1 – Média de Acidentes de Trabalho ocorridos nos últimos 24 anos