
Número de acidentes laborais aumentou no Centro-Oeste, mas óbitos diminuíram
A Região Centro-Oeste tem a segunda maior extensão territorial entre as regiões brasileiras, com uma área de 1.604.850 km². Conforme dados do IBGE, a população estimada para 2014 é de 15,2 milhões de pessoas. A economia da região responde por cerca de 9,6% do PIB brasileiro, e o agronegócio é a principal atividade, englobando a agroindústria e a agropecuária.
Neste cenário, de 2012 para 2013, segundo dados da Previdência Social, os acidentes de trabalho fatais tiveram decréscimo de 318 para 291 registros (-8,49%). A média anual de mortes laborais da região nos últimos 24 anos é 330, o que corresponde a 71 mortes para cada 100 mil trabalhadores, a maior do país. Por sua vez, cresceram os acidentes ocupacionais, de 49.550 para 51.387 (3,71%) de 2012 para 2013. A média anual de ocorrências de 1990 a 2013 é 28.029, com uma incidência de 4.688 a cada 100 mil empregados, a terceira maior do país.
Os setores que mais empregaram no Centro-Oeste em 2012 foram comércio e veículos (759.205 trabalhadores); indústria da transformação (446.909); atividades administrativas e serviços complementares (304.081); indústria da construção (259.260); e agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca (258.548). Destaca-se uma queda de 42,12% nas vagas da construção, que, em 2011, tinha 447.947 contratados, e um aumento de 50,26% nos contratos do comércio e veículos, que tinha 505.260 empregados naquele ano.
MELHORES NÚMEROS
Em 2013, o Distrito Federal ficou em 11º lugar no Brasil em número de trabalhadores formais, 15º em acidentes de trabalho e 18º em mortes por acidentes laborais. A Capital Federal foi a que mais teve incremento na porcentagem de contratações no país de 2012 para 2013, passando de 1.181.649 para 1.302.284 empregados (10,21%). No mesmo período, o DF teve queda nos acidentes fatais de 36 para 31 (-13,89%) e houve diminuição da mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de três para dois. No Brasil, a mortalidade se manteve em seis nos dois anos. O setor que teve o maior número de óbitos laborais em 2012 no Estado foi a construção: 12 de um total de 36, ou seja, 33,33%. Também foi a construção que registrou a maior mortalidade: 15,10 óbitos a cada 100 mil trabalhadores. O DF detém a menor média de acidentes fatais de 1990 a 2013 na região: 44 vítimas por ano.
No que diz respeito aos acidentes, o DF teve um acréscimo de 2,64%, passando de 8.678 em 2012 para 8.907 em 2013. A média anual de acidentes nos últimos 24 anos foi 5.150, a menor da região, sendo que incidência média no período a cada 100 mil empregados foi de 593, também a menor do Centro-Oeste. O maior número de ocorrências em 2012 em Brasília foi registrado no setor comércio e veículos (1.407), seguido da indústria da construção (1.401). No mesmo ano, a maior incidência de ocorrências a cada 100 mil empregados foi registrada no extrativismo mineral (3,62).
PIORES NÚMEROS
Em 2013, o Estado do Mato Grosso ficou em 14º lugar no Brasil em número de empregos formais, 10º em acidentes de trabalho e um amargo 7º lugar em óbitos laborais. O estado teve um aumento de 744.558 para 792.868 no número de trabalhadores (6,49%) de 2012 para 2013. No mesmo período, registrou queda nos acidentes fatais de 115 para 111 (-3,48%) e também na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de 15 para 14 mortes (-6,67). Os setores que tiveram o maior número de óbitos em 2012, cada um com 22 mortes, foram: agronegócio; indústria da transformação; e transporte, armazenagem e Correios. Quanto à mortalidade, o setor que teve o maior número de mortes a cada 100 mil trabalhadores foi atividades imobiliárias (449,44). Na média de acidentes fatais de 1990 a 2013, o MT detém a pior, 117 mortes, e também a pior mortalidade da região: 32 óbitos a cada 100 mil trabalhadores.
De 2012 para 2013 o aumento de acidentes de trabalho foi de 13.372 para 13.920 (4,1%). A média nos últimos 24 anos no Estado foi 6.397, a segunda pior da região. A incidência média no período a cada 100 mil empregados foi de 1.322, também a segunda pior. O maior número de ocorrências em 2012 no MT foi registrado na indústria da transformação (3.964), seguida do comércio e veículos (2.064) e agronegócio (1.899). No mesmo ano, a maior incidência de ocorrências a cada 100 mil empregados foi registrada no setor água, esgoto e resíduos (5,73).
EQUILÍBRIO
Em 2013 Goiás ficou em 9º lugar no Brasil em número de trabalhadores formais e na mesma posição em número de acidentes do trabalho, ocupando a 10ª colocação em óbitos. O Estado teve acréscimo nas contratações de 1.450.065 em 2012 para 1.509.395 em 2013 (4,09%). No mesmo período, registrou queda nos acidentes fatais de 128 para 101 (-21,09%) e na mortalidade a cada 100 mil trabalhadores de 9 para 7 (-22,22%). O setor que teve maior número de mortes em 2012 foi a indústria da transformação (30). A maior mortalidade ficou com transporte, armazenagem e Correios (41,73). Na média anual de acidentes fatais na região de 1990 a 2013, Goiás detém a segunda pior,110, e a terceira pior mortalidade, 15.
O número de acidentes de trabalho em Goiás passou de 16.084 para 17.158 (6,68%) de 2012 a 2013. O Estado continua com a maior média acidentária da região. Nos últimos 24 anos, foram 10.597 ocorrências. A incidência média no período a cada 100 mil empregados foi de 1.303. O maior número de ocorrências em 2012 em GO foi na indústria da transformação (5.565). No mesmo ano, a maior incidência de ocorrências a cada 100 mil empregados foi no setor água, esgoto e resíduos (4,76).
ACRÉSCIMO
Em 2013, o Mato Grosso do Sul foi o 18º colocado em empregos, 14º em acidentes e 15º em óbitos no Brasil. O número de empregos passou de 617.193 para 635.625 de 2012 para 2013 (2,99%). No mesmo período, o único aumento de óbitos laborais do Centro-Oeste foi registrado no Estado, passando de 39 em 2012 para 48 em 2013, equivalente a 23,08%. Também aumentou a mortalidade, de 6 para 8 mortes (33,33%) a cada 100 mil trabalhadores. O setor que teve o maior número de óbitos em 2012 foi a indústria da transformação (12). A maior mortalidade foi registrada no extrativismo mineral (75,93). Na média anual de acidentes fatais dos últimos 24 anos, o MS detém a terceira pior, 59. O Estado é o segundo colocado em mortalidade de 1990 a 2013: 142 a cada 100 mil trabalhadores.
De 2012 a 2013, o MS registrou queda nos acidentes de trabalho de 11.416 para 11.402 (-0,12%). O Estado teve uma média anual de 5.886 acidentes nos últimos 24 anos. A incidência média no período a cada 100 mil trabalhadores foi 1.470, a pior do Centro-Oeste. O maior número de acidentes em 2012 no Estado foi na indústria da transformação (3.653). Já a maior incidência de acidentes, na administração pública, defesa e seguridade social (8,01).
Confira as tabelas em PDF.
Tabela 1 – Média de Acidentes de Trabalho ocorridos nos últimos 24 anos