terça-feira, 24 de junho de 2025

Melhor Case de Gestão de Terceirizados em SST no Prêmio Proteção Brasil 2013

Compromisso estendido

Índice avalia quantitativamente empresas contratadas em questões de SSO

Um terceirizado é praticamente uma extensão do contratante. Não é a mesma empresa, mas ao prestar um serviço, o está fazendo em nome de quem requisitou seus préstimos e, portanto, deve respeitar as normas que lhe são impostas. Desse modo, na área de Saúde e Segurança do Trabalho, assim como nas demais, se algo dá errado não vale a desculpa de que uma empresa terceirizada é a autora da falha.

Atenta a isso e percebendo algumas deficiências no acompanhamento do trabalho feito pelas terceirizadas, a Anglo American Brasil implantou um novo sistema de gestão de empresas contratadas, estabelecendo o IDMC (Índice de Desempenho Mensal de Contratadas). O trabalho rendeu à empresa o melhor case na categoria Gestão de Terceirizados do Prêmio Proteção Brasil 2013.

Mesmo com aprimoramentos nas ferramentas de Saúde e Segurança Ocupacional na seleção de empresas da Anglo American, não havia total confiabilidade nos colaboradores, pois esses não eram avaliados quantitativamente. Foi a percepção dessa lacuna que motivou a criação do novo sistema de avaliação. “O acompanhamento ocorria sem a quantificação dos resultados das empresas contratadas. Eram realizadas auditorias de SSO, mas não atingiam 100% das empresas”, explica Ednaldo Santos, supervisor de SSO da Anglo American Brasil. O projeto foi desenvolvido, então, para estabelecer diretrizes que medissem, desenvolvessem, controlassem e monitorassem o desempenho das empresas contratadas, subcontratadas e prestadoras de serviços. Tudo em obediência ao Sistema de Gestão Anglo American, adotando requisitos internos, normas técnicas (ABNT), CLT, NRs (MTE) e as melhores práticas disponíveis. “A probabilidade do aumento do número de acidentes envolvendo empresas contratadas e baixa performance observadas nas auditorias também contribuíram para que nascesse o projeto”, completa o supervisor.


PROJETO
O IDMC avalia a empresa a partir de uma lista com 23 indicadores, que permitem uma análise completa e minuciosa das suas práticas de SSO. Segundo Ednaldo Santos, um dos diferenciais da ferramenta é a sua periodicidade, o que evita o relaxamento por parte das contratadas. “O IDMC nos permite o monitoramento mensal das contratadas, fazendo que a empresa tenha que manter ótima performance todos os meses, caso contrário terá o desempenho comprometido.”

Os itens avaliados são ocorrência de incidentes com e sem afastamento; ocorrência de HPI (incidentes de alto potencial) com e sem afastamento; número de registro de incidente e percentual de registro de incidente recebido e efetivamente solucionado no mês; número de verificações comportamentais/mês; cumprimento do cronograma de campanhas de SSO; percentual de participações em DDS, DDS “Cara a Cara” e “O que está errado Aqui”; cumprimento do cronograma de ações do PCMSO; controle de absenteísmo e de exames médicos ocupacionais; ações de melhorias em SSO; ocorrências com operações de transporte (veículos e equipamentos móveis de superfície); presença nos eventos de SSO; percentual de aderência ao AFRS de acordo com autoavaliação do AFRS (Anglo Fatal Risk Standards); fechamento de ações; documentação legal (conforme inspeção de SSO); inspeção de SSO nas áreas de trabalho; implementação de ações de inspeções de SSO; BAD (Boletim de Avaliação de Desempenho); realização de treinamentos e manutenção em equipamentos críticos. Ednaldo afirma que não foi difícil estabelecer o novo sistema, mas sim capacitar os profissionais das empresas avaliadas. “A única dificuldade é preparar os profissionais de SSO das empresas para que consigam entender o objetivo de cada requisito do IDMC”, explica.

As avaliações constantes permitem também acompanhar a evolução no desempenho das terceirizadas. As que não cumprem as metas propostas são passíveis de retenção da remuneração e impedimento de participar de novas concorrências. “Todos os meses os resultados são apresentados aos gestores de contrato. No caso de empresas que não conseguem desenvolver seus índices, é feita uma análise crítica por parte do gestor e posteriormente são aplicadas sanções”, conta Santos.

Os gráficos gerados após as avaliações permitem uma visão de quais os pontos mais críticos merecem maior atenção. Os principais, segundo o supervisor, têm sido a manutenção de equipamentos, conclusão de ações de SSO abertas durante o mês e aderência aos protocolos de riscos fatais. “Com base nessas informações, são realizados vários fóruns para ilustrar adequação em todos os planos de trabalho das contratadas.”

Os resultados após a implantação do IDMC foram imediatos. Em janeiro de 2013, a porcentagem de empresas com o conceito ótimo e bom era de 26%. Em março, apenas dois meses depois, o número subiu para 42%. A taxa de incidentes com afastamentos foi reduzida a zero.

Case: Gerenciamento de Empresas Contratadas
Empresa: Anglo American Brasil Projeto Minas-Rio – Conceição do Mato Dentro/MG 
Prêmio: Melhor Case em Gestão de Terceirizados

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