Estudo avalia eficiência de respiradores para profissionais da linha de frente da Covid-19
Um surto provocando infecções respiratórias ocorrido na cidade de Wuhan, na China, no final do ano de 2019, alertou especialistas das mais diversas áreas da saúde para o que poderia ser uma nova cepa de coronavírus que até então, não era identificada em seres humanos, o SARS-CoV-2. Posteriormente, em 30 de janeiro de 2020, a OMS definiu esse surto de coronavírus como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. De acordo com o regulamento sanitário internacional, este é o nível mais alto de alerta da OMS.
O SARS-CoV-2 é da família dos coronavírus, que são vírus de RNA de filamento simples de sentido positivo com um nucleocapsídeo de simetria helicoidal. Os coronavírus foram amplamente identificados como causadores de infecções respiratórias e intestinais em humanos após um surto de síndrome respiratória aguda em Guangdong, na China em 2002 e 2003
Da mesma forma que os outros coronavírus, SARS-CoV-2 também parece ser transmitido aos seres humanos em locais de comercialização e consumo de animais selvagens. Contudo, a fonte zoonótica da transmissão do novo coronavírus ainda não está clara.
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou ao mundo a Covid-19 como uma pandemia, o vírus alastrou-se pelo planeta rapidamente, ocasionando uma corrida para a busca de insumos e equipamentos para o tratamento de pacientes infectados bem como para a proteção dos trabalhadores da saúde, que lidam diariamente e diretamente com alto risco de contaminação pela doença.
De acordo com a transmissibilidade do vírus, que se dá através de bioaerossois emitidos por uma pessoa infectada e aspirada pelas vias aéreas superiores por uma pessoa saudável, a proteção respiratória tem se tornando cada vez mais importante e evidente quando se trata de aspectos relacionados à biossegurança, principalmente para os trabalhadores da linha de frente da Covid-19.
Diante de todo esse contexto, houve uma escassez de EPIs para suprir as demandas desses trabalhadores fazendo com que os estabelecimentos de saúde adotassem em suas rotinas de trabalho a reutilização racional de respiradores que, a princípio, são descartáveis após uma única utilização. Para garantir a efetividade da proteção respiratória por parte dos usuários de EPRs, faz-se necessária a realização do ensaio de vedação desses respiradores, haja vista que a anatomia do rosto dos seres humanos possui diferenças que podem influenciar significativamente na vedação, ocasionando a respiração de contaminantes oriundos dos ambientes e processos de trabalho.
Dados do autor:
Thiago Wendt Antunes – Engenheiro Especialista em Segurança do Trabalho, em Ergonomia, em Higiene Ocupacional e Pós-Graduando em Engenharia de Tráfego. Professor dos Cursos de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da Univiçosa e do Centro Universitário de Caratinga – UNEC, Instrutor Técnico do Curso de Edificações e Segurança do Trabalho – Ubá/MG
Confira o artigo completo na edição de julho da Revista Proteção.